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Mostrando postagens de agosto, 2018

COMO PERSEVERAR NA VIRTUDE, POR SANTA CATARINA DE SIENA

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1.Saudação e objetivo  Em nome de Jesus Cristo Crucificado e da amável Maria, caríssimo filho no do Jesus Cristo, eu Catarina, serva e escrava do servos de Jesus Cristo, escrevo no seu precioso sangue, desejosa de ver-te perseverante em toda virtude. 2. A perseverança é fruto do amor Sem a perseverança não alcançarás a coroa da glória, que é dada aos verdadeiros lutadores. Tu me dirás: “Onde posso achar a perseverança”? Responde-te. Uma pessoa só presta serviço a outra na medida do amor que lhe dedica. Não mais. Em tanto falhará em servir, quando falhar no amor. Mas também tanto amará, quando se sentir amada. Veja bem: ao sentir-se amada, a pessoa ama. É desse amor que nasce a perseverança. Portanto, à medida que abrires o olhar da tua inteligência para ver o fogo e o abismo do infinito amor de Deus por ti — amor revelado do Verbo, Filho de Deus — tu te verás obrigado a amar a Deus de todo o coração, com todo afeto, com todas as tuas forças, sem interesses, de modo

Mortificação das quatro paixões naturais

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Para mortificar as quatro paixões naturais que são: gozo, tristeza, temor e esperança, aproveita o seguinte: Inclina sempre não ao mais fácil, mas ao mais difícil; Não ao mais saboroso, mas ao mais insípido; Não ao mais gostoso, mas ao que não dá gosto; Não se inclinar ao que é descanso, mas ao mais trabalhoso; Não ao que é consolo, mas ao que não é consolo; Não ao mais, mas ao menos; Não ao mais alto e precioso, mas ao mais baixo e desprezado; Não ao que é querer algo, mas o que é não querer nada; Não andar procurando das coisas o melhor, mas o pior; e por Jesus Cristo ter, para com todas as coisas do mundo, desnudez, vazio e pobreza. São João da Cruz

Das vantagens da luta

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Das vantagens da luta Non coronatur nisi qui legitime certaverit. Ninguém é coroado, sem que tenha combatido legitimamente. (II. Tm 2, 5) Enumeramos as diversas qualidades que deve ter o verdadeiro soldado de Deus. Dispondo desses meios, pode entrar em guerra, certo de que a luta durará enquanto lhe durar a vida.  Terá, com efeito, toda a vida uma natureza rebelde, tendências más, que deverá sempre reprimir, sem nunca poder diminuí-las. A concupiscência resulta do pecado original. Como os outros males que provêm de igual origem, a ignorância, a sujeição às enfermidades e à morte, essa concupiscência se fará sentir toda a vida para nos fazer compreender o mal que é o pecado, e levar-nos a expiar nossas faltas individuais. Mas essa luta não é somente um castigo e um meio de expiação. Deus pune como Pai, e as penas que impõe são também benefícios, pois impedem males mais funestos e produzem vantagens inestimáveis.   A luta nos acautela contra a indolência, contra o

“Estação da Alma”: os franciscanos que moram num incrível trem-convento

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“O trem representa o caminho itinerante, mas também a simplicidade e a precariedade” Quando pensamos em um convento, imaginamos uma construção formada por claustro, pátios, capela e outros espaços. Este não é o caso de um grupo de frades franciscanos no Sul da Itália, que adaptou vagões de trem para o uso religioso. O convento dos Frades Menores Renovados, conhecido como “A estação da alma”, está localizado no bairro de Scampia, uma das regiões mais perigosas e pobres da cidade de Nápoles, Itália. No local, há cinco vagões que são utilizados como claustro, capela e espaços comuns. Também há um jardim, um contêiner, que foi adaptado para receber as visitas e uma oficina. O superior do convento, Frei Carlo, disse ao jornal “Corriere del Mezzogiorno” que estes vagões “foram doados pela Ferroviária Estatal, que os colocou com gruas no terreno, que foi doado por um morador local. “Nós não escolhemos viver nos vagões, não foi algo programado. Quando chegamos aqui, esper

Cristo: ver com olhar claro

Clarificar o olhar do coração Cristo não se esgota com um ou com cem olhares superficiais. Detenhamo-nos agora a pensar um pouco mais na aventura de quem adentra constantemente no mar de luz que é Cristo. Com o olhar interior purificado pela humildade e a penitência, Jesus faz  brilhar a sua luz em nossos corações  (2 Cor 3, 18), e nos leva ao encantamento de descobrir facetas sempre novas do  esplendor de Deus, que se reflete na face de Cristo  (2 Cor 4,6). É uma experiência feliz que são Paulo viveu. É claro que, para facilitar isso, além do hábito de meditar a Sagrada Escritura, precisamos: ─ adquirir o hábito da leitura espiritual cristã, se possível diária (quem quer mesmo, acha tempo para isso), pedindo a orientação oportuna para escolher as obras formativas mais úteis para nós em cada situação da vida ─ há muitas leituras e muito boas ─; sempre podemos ler algum livro que nos ajude. ─ aprofundar também nas raízes doutrinais da fé com o estudo frequente do  Catecism

Mais sobre amor ao próximo

Levai uns as cargas dos outros, e deste modo cumprireis a lei de Cristo   (Gal 6, 2). Para “levar as cargas”, pensemos em primeiro lugar – evocando o exemplo do samaritano que carregou o ferido – que os outros deveriam ter mais espaço e mais “peso” nos nossos  pensamentos . Na verdade, se o amor de Cristo habitasse no nosso coração, certamente nos preocuparíamos mais com os problemas do próximo. É sugestiva essa palavra “pre-ocupação” – no sentido em que agora a empregamos –, pois indica um modo de pensar  antes  com interesse, preparando assim uma dedicação, uma “ocupação” em serviço dos outros. Como seria bom que o pai e a mãe de família, ao transporem o limiar da casa, deixassem fora as “preocupações” no sentido negativo da palavra, isto é, as apreensões, angústias, questões de solução difícil, prazos que vão vencer em breve…, e entrassem no lar com uma preocupação boa: com alguma iniciativa pensada, preparada antes com carinho para alegrar alguém, para causar uma agradável su

VOLTAR AO PAI

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“Uma coisa é importante acima de tudo mais: ‘voltar ao Pai’. O Filho veio ao mundo e morreu por nós, ressuscitou e subiu para o Pai. Enviou-nos o Espírito Santo para que Nele e com Ele pudéssemos voltar ao Pai. Sim, para que pudéssemos passar completamente para além da névoa de tudo que é transitório e inconclusivo: Voltar ao Imenso, ao Primordial à Fonte, ao Inconhecido, àquele que ama e conhece, ao Silencioso, ao Misericordioso, ao Santo, Àquele que é tudo. Procurar algo, preocupar-se com algo fora disso, é loucura e enfermidade. Pois isso é o sentido pleno e o cerne de toda existência. E é nisso que todos os negócios de nossa vida e todas as necessidades do mundo e dos homens tomam seu sentido certo. Tudo aponta para essa única grande volta à Fonte.” Reflexões de um espectador culpado (Vozes, 1970) pág. 198