AULAS SOBRE OS APELOS DA MENSAGEM DE FÁTIMA

II- A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
A Primeira Guerra Mundial aconteceu entre os anos de 1914 e 1918, porém, tempos antes, principalmente entre os anos de 1870 e 1914, o mundo vivia uma grande euforia que era conhecida como Belle Epóque (Bela Época). Era um período em que se experimentava um grande progresso tanto no campo econômico quanto no tecnológico.
Quanto mais os países europeus se industrializavam, maior ficava a disputa entre eles, que queriam dominar não apenas a Europa, mas modernizar sua economia se sobrepondo sobre as outras nações. Esse clima acirrado provocou uma forte tensão, pois os países industrializados disputavam os mercados consumidores mundiais e as matérias primas com todas as armas que lhes eram possíveis.
Com essa disputa acirrada pelo mercado mundial, foram surgindo os primeiros sinais de que uma grande guerra estaria por vir. Os países da Europa começaram a investir em tecnologia de guerra, engrossando as fileiras do exército. Além disso, foi desenvolvido uma política que ficou conhecida como “política de alianças”.
Foram assinados acordos militares que dividiram os países europeus em dois blocos, que mais tarde dariam início a primeira Guerra Mundial. A divisão colocava de um lado a Alemanha, Itália e Império Austro-Húngaro, que formavam a Tríplice Aliança, e do outro a Rússia, França e Inglaterra, compondo a Tríplice Entente.
Não podemos esquecer do revanchismo que existia entre a França e a Alemanha, já que no final do século XIX durante a Guerra Franco-Prussiana o país havia perdido a região da Alsácia-Lorena para os Alemães, e agora desejavam poder retomar a região novamente; e do descontentamento de alguns países com a partilha da Ásia e da África, ocorrida no final do século XIX. Alemanha e Itália, por exemplo, haviam ficado de fora no processo neocolonial. Enquanto isso, França e Inglaterra podiam explorar diversas colônias, ricas em matérias-primas e com um grande mercado consumidor.
Mas, o estopim que provocou a guerra propriamente dita foi o assassinato de Francisco Ferdinando, príncipe do império austro-húngaro, enquanto fazia uma visita a Saravejo, região da Bósnia-Herzegovina. O criminoso era um jovem que pertencia a um grupo Sérvio (Mão Negra) que era contra a intervenção da Áustria-Hungria na região dos Balcãs. Insatisfeito com as atitudes tomadas pela Sérvia contra o criminoso, o império austro-húngaro declarou guerra à Sérvia em 28 de julho de 1914.
No ano de 1917 os Estados Unidos decidiram entrar na guerra. Eles se posicionaram ao lado da Tríplice Entente, já que tinham acordos comerciais milionários envolvidos com países como Inglaterra e França. Esta união foi crucial para a vitória da Entente, o que acabou forçando os países derrotados a assinarem a rendição.
A partir de então foi feito o Tratado de Versalhes, que impôs aos derrotados fortes restrições, fazendo com que, por exemplo, a Alemanha reduzisse seu exército, que fosse mantido um controle sobre a indústria bélica do país, a devolução da região Alsácia-Lorena à França, além de ter que pagar os prejuízos da guerra aos países vencedores.
A Primeira Guerra Mundial foi uma das guerras mais destrutivas da história moderna. Quase dez milhões de soldados morreram como resultado das lutas, um número que excedeu, em muito, as perdas militares de todas as guerras dos cem anos anteriores em conjunto. Embora seja difícil fazer uma estimativa precisa do número de baixas, calcula-se que aproximadamente 21 milhões de homens foram feridos em combate.
Nenhum órgão oficial manteve registros cuidadosos das perdas civis durante os anos de guerra, mas estudiosos garantem que pelo menos 13.000.000 de não-combatentes também morreram como resultado direto ou indireto das hostilidades. Houve também um enorme aumento na mortalidade de militares e civis no fim da Guerra com a chegada da "Gripe Espanhola", a epidemia de gripe mais letal da história. Milhões de pessoas foram expulsas ou deslocadas de suas residências na Europa e na Ásia Menor como resultado do conflito. As perdas de propriedades e de indústrias foram catastróficas, principalmente na França e na Bélgica, áreas onde os combates foram os mais intensos.

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