Santa Joana de Lestonnac
MULHER PLENA DE HUMANIDADE
Nada que seja profundamente humano é alheio a Joana de Lestonnac; toda a sua vida foi um acolher com radicalidade e serenidade os diferentes acontecimentos de sua vida e fazer deles um caminho de crescimento e doação. “Manter a chama” e "estender a mão”, como Maria, Nossa Senhora, foi sua dinâmica pessoal, que lhe possibilitou construir um Projeto de Vida desde o Evangelho e deixar marcas no tempo.
Nasce em Bordeaux, França, em 1556, no mesmo ano em que morre Inácio de Loyola. Tempo de guerras de religião e do surgimento do humanismo, que aprofundou por influência de seu tio Miguel de Montaigne. Descobre a necessidade da educação cristã para a mulher como um bem público que contribuirá para a transformação da sociedade.
Filha, esposa, mãe e viúva. Funda a Ordem da Companhia de Mariaem 1607, primeira Ordem religiosa feminina aprovada pela Igreja a serviço da educação da mulher. É canonizada pelo Papa Pio XII no dia 15 de maio de 1949.
Breve biografia Breve biografia
de Santa Joana de Lestonnac de Santa Joana de Lestonnac
Seus primeiros anos
1556 – Nasce Joana em Bordeaux. É a primogênita de uma
família altamente significativa na cidade. Seu pai, Ricardo de
Lestonnac, é Conselheiro do Parlamento. Sua mãe, Juana
Eyquem, é irmã do humanista Miguel de Montaigne, autor de
“Ensaios”. A rica cultura renascentista exerce forte influência
em sua educação.
O calvinismo invade a França. As guerras de religião assolam o país. Sua mãe, seduzida pela
Reforma, tenta atrair sua filha. Joana encontra dois defensores de sua Fé Católica em seu pai e em
seu tio Miguel, que intui seu conflito interior.
Cresce a Fé adolescente de Joana. Uma Fé provada, protegida, reafirmada. O Espírito a anima
interiormente: "NÃO DEIXES APAGAR A CHAMA QUE ACENDI EM TEU CORAÇÃO..."
Esposa e mãe
Aos 17 anos compromete sua vida com a de Gastón de Montferrant. Sete filhos plenificam seu amor
compartilhado gososamente durante 24 anos. Seguem meses de dor e ruptura : morrem seu esposo e
seu filho mais velho, seu pai e seu tio. Sozinha e na solidão, Joana educa e orienta seus filhos. É
outra mulher "forte" da Bíblia.
Experiência no Cister
Deus continua chamando-a. Seus filhos já não dependem dela. Por fim, entra nas Fuldenses-Cister
de Toulouse. Tem 46 anos. Passa a chamar-se Joana de São Bernardo. Sente-se feliz com sua nova
vida. Longas horas de oração. Fortes penitências. Silêncio e abnegação. Paz infinita. Seis meses de
duras aprendizagens. Seus anseios de entrega a Deus se intensificam, mas seu corpo se debilita.
Deve renunciar. Buscar outros caminhos ...
Suplica ao Espírito que a luz brilhe em suas trevas. Imediatamente, uma dupla visão: uma multidão
de jovens em perigo e Maria, que a anima em sua resposta. Joana de Lestonnac compreende: sua
entrega radical ao Senhor será estender a mão àquela juventude ameaçada e viver as atitudes de
Maria. Intui que o realizará com outras/os, também chamados. E um duplo compromisso por parte
de Joana: estender a mão àquela juventude ameaçada e viver com as atitudes de MARIA.
Fundadora da Companhia de Maria
Ao regressar do Cister, Joana se retira em suas terras, em La Mothe. Vive um longo tempo de
discernimento. Traça o perfil do novo Instituto, que buscará suprir uma carência concreta da França
do século XVII: a educação integral feminina. Em 1605, uma peste invade Bordeaux. Joana
desafia o contágio e presta ajuda nos bairros mais pobres. Ali descobre o mistério do pobre como
presença viva de Jesus. Este serviço lhe facilita também o encontro com jovens que, sentindo o
chamado do Senhor e atraídas por sua personalidade, se comprometem com seu projeto apostólico.
Vai descobrindo que, na espiritualidade inaciana, se encontra expressa sua própria experiência
espiritual. Entra em contato com os jesuítas De Bordes e Raymond, preocupados por um projeto
semelhante ao seu.
http://lestonnac-odn.org/recursos/arxius/20130129_1127Breve_biografia_de_Santa_Joana_de_Lestonnac.pdf
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