São Leonardo de Porto Maurício

Vida de São Leonardo de Porto Maurício

São Leonardo de Porto Maurício era um frade franciscano mais sagrado que viviam no mosteiro de Saint Bonaventure, em Roma. Ele foi um dos maiores missionários na história da Igreja. Ele costumava pregar para milhares de pessoas na praça de cada cidade. Tão brilhante e santo era a sua eloquência que uma vez quando ele deu uma missão de duas semanas em Roma, o Papa e o Colégio dos Cardeais chegou a ouvi-lo. Mas o trabalho mais famoso de São Leonardo foi sua devoção à Via Sacra. Morreu… em seu septuagésimo quinto ano, após vinte e quatro anos de pregação contínua.
Um dos sermões mais famosos de São Leonardo de Porto Maurício era “o pequeno número de aqueles que são salvos.” Foi o que ele invocado para a conversão dos pecadores grande. Este sermão, como seus outros escritos, foi submetida a exame canônico durante o processo de canonização. Nele, ele examina os diversos estados de vida dos cristãos e conclui com o pequeno número daqueles que são salvos, em relação à totalidade dos homens.
“…Não é verdade que há duas estradas que levam ao céu: a inocência e arrependimento? ”

Biografia de São Leonardo Porto Maurício por Felipe Aquino

O santo da via-sacra e da Imaculada Conceição, o frade que salvou o Coliseu de uma ruína total, o pregador inflamado da Paixão de Cristo. São esses os títulos de são Leonardo de Porto Maurício. Lígure nasceu em 1676, filho de um capitão da marinha, Domingos Casanova, que o deixou órfão em tenra idade. Levado a Roma, fez os seus estudos no Colégio Romano e depois entrou no reino de são Boaventura, sobre o Palatino, vestindo aí hábito franciscano. Desenvolveu sua atividade sacerdotal prevalecendo em Florença. As cruzes plantadas por seus confrades fora da Porta de são Miniato tornaram-se para ele outros tantos púlpitos ao aberto. Sobre a eficácia de sua palavra fundam-se alguns episódios da vida do santo. No fim de uma prédica sobre a Paixão, na Córsega, os homens, endurecidos pelo ódio secular, descarregaram seus fuzis para cima e se abraçaram em sinal de paz.
Em Florença suas pregações constituíam uma advertência para todos os cidadãos. No jubileu de 1750, proclamado por Bento XIV, o papa Lambertini de Bolonha, fez muito sucesso a via-sacra pregada por frei Leonardo aos 27 de dezembro no Coliseu. Era a primeira vez que se celebrava um rito religioso no anfiteatro Flávio. Desde aquele ano a piedosa tradição se mantém até aos nossos dias e toda a Sexta-feira Santa o papa faz pessoalmente o rito penitencial.
Aquela primeira via-sacra teve também um grande merecimento para a arte: o Coliseu até aquele ano tinha servido como pedreira, mas depois daquela memorável via-sacra foi considerado lugar sagrado, meta de devotas peregrinações, e a sua demolição parou. Frei Leonardo era um grande devoto de Nossa Senhora e um apaixonado defensor da Imaculada Conceição. Convenceu o próprio pontífice a convocar um Concílio, isto é, um referendum entre os bispos, para proceder depois a proclamação do dogma.
O papa Lambertini preparou para este fim uma Bula que por várias causas. Nunca foi publicada. Em 1751 frei Leonardo morria no predileto retiro de são Boaventura sobre o Palatino, e o próprio para foi ajoelhar-se ao lado de seu corpo. Sobre o túmulo do santo foi exposta a carta profética escrita por são Leonardo pouco antes da morte. Nela preconizava-se a proclamação do dogma da Imaculada Conceição.
Segundo João Paulo II: “São Leonardo de Porto Maurício, franciscano de palavra ardente, que percorreu a Itália para admoestar e converter multidões imensas, chamando à penitência e à piedade, e vivendo em íntima união com Deus.”
Via-Sacra
Também chamada Via Cru­cis, é, segundo o Directório da Piedade Popular e Liturgia (DPPL 131-135), o mais apreciado exercício de piedade em louvor da Paixão de J. C., pelo que se pratica sobretudo nos tempos penitenciais. Consiste em acompanhar espiritualmente o trajecto de Jesus desde a agonia no Getsémani até à morte e se­pul­tura no Calvário, com momentos de meditação e oração em várias estações. Síntese de várias devoções, a sua prática desenvolveu-se a seguir às Cruzadas, promovida pelos Franciscanos e parti­cularmente por S. Leonardo de Porto Mau­rício (+1751).Presentemente conta 14 estações baseadas em passagens dos Evangelhos ou em tradições populares: 1) Jesus condenado à morte; 2) Toma a cruz; 3) Cai pela primeira vez; 4) En­con­tra sua Mãe; 5) O Cireneu ajuda-o a levar a cruz; 6) A Verónica enxuga-lhe o rosto; 7) Cai pela segunda vez; 8) Con­­sola as filhas de Jerusalém; 9) Cai pela terceira vez; 10) É despojado das ves­tes; 11) É pregado na cruz; 12) Mor­re na cruz; 13) É descido da cruz e en­tre­gue a sua Mãe; 14) É depositado no sepulcro. Os títulos das esta­ções podem ser criteriosamente alte­ra­dos, como o fez várias vezes João Pau­lo II na V.-S. de Sexta-Feira Santa no Coliseu, p.ex., em 1992: 1) Jesus no Horto das Oli­vei­ras; 2) Traído por Ju­das, é preso; 3) É con­denado; 4) É negado por Pedro; 5) É levado a Pilatos; 6) É flagelado e coroa­do de espinhos; 7) Carrega a cruz; 8) É ajudado pelo Cireneu; 9) Fala às mu­lheres de Jeru­sa­lém; 10) É crucifica­do; 11) Fala ao bom ladrão; 12) Tem Maria e João ao pé da cruz; 13) Morre na cruz; 14) É depos­to no sepulcro.

A Via-Sacra e São Leonardo de Porto-Maurício

Uma popularização dessa devoção só se deu, efetivamente, no século XVI, quando o Papa Inocêncio XI (1686) concedeu a possibilidade de se conseguir as grandes indulgências _ já concedidas aos peregrinos que visitavam Jerusalém _ também àqueles que, nas igrejas dos Franciscanos, fizessem o exercício da Via-sacra. Mais tarde (1731), Clemente XII permitiu que, em todas as igrejas seculares, se erigissem as Estações, fixando o número em 14.
Foram os Franciscanos, fiéis guardiões dos Lugares Santos, que muito colaboraram para a difusão dessa devoção em toda a Igreja. Entre eles se destaca São Leonardo de Porto Maurício (falecido em 1751). Por sua sugestão o Papa Bento XIV, em 1750, determinou a instituição das estações no Coliseu e que ali, a cada sexta-feira, fosse praticada a Via-sacra. Daí a tradição _ a cada Sexta-feira Santa _ dos fiéis de Roma, de se juntarem ao Pontífice romano para, juntos, ali celebrarem a Via-sacra. (MZ)
São Leonardo de Porto Mauricio deu origem a esta devoção no século XIV no Coliseu de Roma, pensando nos cristãos que se viam impossibilitados de peregrinar à Terra Santa para visitar os Santos lugares da paixão e morte de Jesus Cristo. Tem um caráter penitencial e está acostumado a rezá-los dias sexta-feira, sobre tudo na Quaresma. Em muitos templos estão expostos quadros ou baixos-relevos com ilustrações que ajudam os fiéis a realizar este exercício.
Fonte:http://www.acidigital.com/fiestas/semanasanta/etimologia.htm 

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