Vida de Santa Angela Merici



… É a história de uma Santa. Uma Santa  … que deveria agradar, especialmente às moças e as senhoras do séc. XX e XXI. Uma Sta. Que plantou uma sementinha na Igreja do seu tempo; E esta semente transformou-se numa grande árvore de ramos numerosos.
As filhas de Sta. Ângela estão espalhadas no mundo inteiro: Ursulinas seculares, Ursulinas religiosas, todas unidas, fraternalmente no amor da mesma Mãe, Ângela Merici.
 Ângela nasce por volta de 1474, em Desenzano, Itália. Cresceu na liberdade dos campos, trabalhando, brincando ou… nas tarefas cotidianas com seus três irmãos e uma irmã.
Após a perda da irmã mais velha e pouco tempo depois da morte inesperada dos pais, Ângela vai viver em Saló com seu tio.
Ângela faz-se terceira franciscana para seguir Jesus mais de perto.
Volta para Desenzano e retoma a vida de sempre. Uma vez teve uma visão – uma escada entre Céu e Terra: Intenção Profética da Companhia de Virgens que ela deveria, um dia instituir na Igreja.
Ângela … se preparou através de uma profunda vida de piedade e de um apostolado constante, congregando todos os que dela se acercavam num trabalho de cristianização da sociedade…
Ângela, movida pelo Espírito Santo e confiante na capacidade da mulher, institui outro estado de vida. Ela aponta um terceiro caminho: o das mulheres vivendo no mundo como consagradas à Deus…
A fundação da companhia de Sta. Úrsula realiza-se no dia 25 de Novembro de 1535.
Ângela morre no dia 27 de Janeiro de 1540 em Bréscia.
MENSAGEM DO SANTO PADRE JOÃO PAULO II
POR OCASIÃO DO CENTENÁRIO DO
INSTITUTO DE SANTA ÚRSULA
 À Reverenda Madre Colete LIGNON
Priora-Geral da União romana
da Ordem de Santa Úrsula
Tendes a alegria de celebrar o primeiro centenário do vosso Instituto no coração do ano do grande Jubileu do nascimento do Salvador. Este aniversário lembra a feliz iniciativa do meu venerado predecessor, o Papa Leão XIII, de reunir numa só União numerosos mosteiros de Ursulinas, que se tinham espalhado no mundo inteiro desde a fundação da primeira comunidade por Santa Ângela Merici em 1535. O nascimento da vossa União, a 28 de Novembro de 1900, e o seu rápido sucesso permitiram um novo impulso para a vossa família religiosa, que assim se enriqueceu de diversas experiências apostólicas. A comemoração deste acontecimento é para a vossa Ordem um convite a aprofundar o vosso carisma, na fidelidade ao exemplo e aos ensinamentos de Santa Angela, mas também para construir e preparar o futuro, mobilizando as vossas forças em ordem à evangelização.
2. Desde o século XVI, as necessidades da evangelização e os apelos do Senhor conduziram as vossas Religiosas a quase todos os continentes, fazendo-vos viver hoje uma verdadeira dimensão internacional. Esta experiência marca a vida da vossa União e faz-vos partilhar em verdade a experiência da própria Igreja, comunhão de fé e de vida entre todos os crentes, de sorte que “aquele que vive em Roma sabe que os das Índias são para ele um dos seus membros” (Cf. São João Crisóstomo, Homilias sobre São João, 65, 1). Se o cuidado da unidade e da comunhão incumbe a todos os cristãos, lembrando sem cessar o anseio do próprio Senhor:  “que todos sejam um” (Jo 17, 21), esta missão diz respeito ainda àqueles e àquelas que escolheram, para responder a um apelo particular do Senhor, viver em comum, segundo as regras da vida em fraternidade. Eu vos exorto, pois, a estar sempre e cada vez mais atentas a esta dimensão da comunhão eclesial, velando também pela qualidade da vossa inserção nas Igrejas locais, colocando as vossas dádivas ao seu serviço, com o cuidado de uma colaboração cada vez mais intensa.
3. Com o passar do tempo, as Irmãs Ursulinas adquiriram uma sólida experiência educativa, muito particularmente no serviço dos jovens, quer se trate do vasto domínio da catequese, directamente ou através de catequistas competentes e cuidadosos em transmitir uma experiência de vida cristã e ao mesmo tempo um sólido ensinamento, quer se trate dos múltiplos sectores da educação. Este trabalho de transmissão da fé, através de uma palavra forte, argumentada e coerente, que dá conta da nossa esperança (cf. 1 Pd 3, 15), mas também pelo testemunho e exemplo de uma vida dada ao serviço do Senhor e da sua Igreja, é essencial no mundo de hoje onde tantos jovens já não têm as referências sólidas que dava a educação familiar. É, pois, a escola e toda a comunidade educativa que se devem encarregar de uma parte importante desta educação global num espírito verdadeiramente evangélico, não somente pela catequese, mas também por muitas outras maneiras de acompanhar os jovens, como por exemplo nos movimentos apropriados ou nos grupos de reflexão e partilha. Formar assim discípulos de Cristo, capazes de testemunhar na sua vida familiar, profissional e social, os valores espirituais e morais que o Evangelho semeou no coração do homem é um trabalho indispensável para que a nova evangelização dê frutos abundantes no século que está surgindo. Nesta perspectiva, é particularmente importante o serviço dos mais pobres, estes “pequeninos” que o Senhor quer pôr no primeiro lugar e que as nossas sociedades, muitas vezes marcadas pelo desejo da riqueza e da concorrência, têm tendência a excluir do crescimento económico e da organização social.
4. Anunciar o Reino de Deus é a primeira missão que a Igreja confia a todos aqueles que o sacramento do Baptismo faz comungar na morte e ressurreição de Cristo, Profeta, Sacerdote e Rei. A vida consagrada, que vós escolhestes, é na Igreja um caminho privilegiado para manifestar a dimensão profética e escatológica da mensagem evangélica:  ela “manifesta também mais claramente a todos os fiéis os bens celestes, já presentes neste mundo; é assim testemunha da vida nova e eterna, adquirida com a redenção de Cristo, e preanuncia a ressurreição futura e a glória do reino celeste” (Lumen gentium, n. 44). Encorajo-vos a aprofundar esta dimensão profética para o mundo contemporâneo e a tornar visiveis, pelo gosto da oração que é sempre a fonte da nossa vida cristã, pela vida fraterna que é, em si mesma, um profecia em acção (cfr Vita consecrata, n. 85), pelo testemunho  explícito  e  pelo  vosso  cuidado missionário,  os  sinais  do  Reino  que há-de vir.
5. Anunciar o Reino não afasta a Igreja da sua missão no mundo. Pelo contrário, como o profeta estabelecido vigilante para a casa de Israel (cfr Eze 3, 17), ela “insiste no tempo oportuno e inoportuno, advertindo, reprovando e aconselhando com toda a paciência e doutrina” (2 Tm 4, 2). Como o próprio Senhor Jesus com os peregrinos de Emaús (cf. Luc 24, 13-35), a Igreja caminha pelas estradas dos homens e, com eles, partilha as suas interrogações sobre o sentido da existência, faz-lhes ouvir a palavra do Senhor e revela-lhes pouco a pouco a sua presença, para os conduzir ao pleno conhecimento do seu amor, manifestado no tesouro da vida sacramental que lhe foi confiada. Exorto-vos a viver sem temor esta peregrinação da fé com os vossos irmãos, deixando-vos transformar pouco a pouco pela Palavra do Senhor. Tendo sempre no coração a sede do Deus vivo que leva a viver em intimidade amorosa com Ele (cf. Sl 62, 2), mas também escutando os apelos dos vossos irmãos e entregando-vos por eles em cada dia, vós anunciareis o amor misericordioso do Senhor que se faz dom de Si mesmo.
6. O centenário que festejais é ocasião para cada um das vossas comunidades agradecerem ao Senhor todos os seus benefícios. Que a graça do Jubileu avive em cada uma das Irmãs da vossa União o desejo da santidade, para uma conversão renovada! Formulando votos particulares para o vosso próximo capítulo geral, confio os membros da União romana da Ordem de Santa Úrsula à protecção maternal da Virgem Maria e concedo-lhes de todo o coração a Bênção apostólica.
Vaticano, 10 de Novembro de 2000.

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