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Mostrando postagens de fevereiro, 2017

10 Máximas de Santo Afonso de Ligório

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1. É nas doenças que se vê quem tem virtude. 2. Antes perder tudo, que perder a Deus. 3. Perturbar-se com as faltas cometidas não é humildade, mas orgulho. 4. Só somos o que somos diante de Deus. 5. Sempre o demônio anda à caça dos ociosos. 6. Desgraçado de quem ama mais a saúde que a santidade! 7. Os curiosos são sempre dissipados 8. Os santos falam sempre de Deus; sempre dizem mal de si próprios, e sempre bem dos outros. 9. A quem procura ser estimado, estima Deus pouco. 10. Quando se pensa no inferno que se mereceu, sofrem-se com resignação todas as penas. Fonte: Ad Majorem Dei Gloriam.

Do humilde sentir de si mesmo

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Não há melhor e mais útil estudo que se conhecer perfeitamente e desprezar-se a si mesmo. Ter-se por nada e pensar sempre bem e favoravelmente dos outros, prova é de grande sabedoria e perfeição Tomás de Kempis (*) : Todo homem tem desejo natural de saber; mas que aproveitará a ciência, sem o temor de Deus? Melhor é, por certo, o humilde camponês que serve a Deus, do que o filósofo soberbo que observa o curso dos astros, mas se descuida de si mesmo. Aquele que se conhece bem se despreza e não se compraz em humanos louvores. Se eu soubesse quanto há no mundo, porém me faltasse a caridade, de que me serviria isso perante Deus, que me há de julgar segundo minhas obras? Renuncia ao desordenado desejo de saber, porque nele há muita distração e ilusão. Os letrados gostam de ser vistos e tidos por sábios. Muitas coisas há cujo conhecimento pouco ou nada aproveita à alma. E mui insensato é quem de outras coisas se ocupa e não das que tocam à sua salvação. As muitas palavras não sa

O SILÊNCIO DE MARIA

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Quando falamos da disciplina do silêncio automaticamente somos confrontados com o grande desafio que é encarar nosso cotidiano extremamente barulhento e de ritmo cada vez mais frenético. Surgem-nos perguntas tais como: “Como encontrar tempo para praticar o silêncio?”; “Não seria o silêncio uma prática exclusivamente monástica, ou seja, para pessoas com um chamado específico para viverem em clausura?”; “Estar em silêncio só é possível num ambiente com total ausência de ruídos e distrações?” e etc. Dúvidas assim que tendem a nos intimidar e às vezes até desanimar, surgem do fato de que encaramos o silêncio apenas na sua dimensão exterior. De modo que praticar o silêncio só é visto como a separação de tempo e lugar em que paramos, nos acalmamos e adentramos num estado meditativo de quietude e interiorização. Não restam dúvidas de que o silêncio tem este lado prático e devocional. No entanto, o que poderíamos dizer daqueles que não têm muito tempo ou não dispõem de oportunidades freq

O CAMINHO MÍSTICO DO DESAPEGO DAS COISAS

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O caminho místico da contemplação é descrito por S. João da Cruz como uma “noite escura da alma”. Até que a alma atinja a iluminação, ou seja, a união perfeita com Deus é-lhe necessário passar por densas trevas de escuridão sensitiva e espiritual. Tal experiência, segundo o místico espanhol carmelita, recebe o nome de noite escura pelo fato de que a luz divina, que refulge e alumia no fogo da contemplação, é maior e mais perfeita do que toda e qualquer outra luz existente na alma, sejam elas de ordem sensível ou espiritual, de tal forma que as mesmas se convertem em densas trevas como as da noite. Na “Noite Escura da Alma”  João da Cruz descreve três tipos de noite que precedem a experiência mística da união com Deus. Em primeiro lugar temos a “noite dos sentidos” onde toda satisfação e deleite com realidades desse mundo são eclipsadas na alma que ruma ao cume da contemplação mística. A segunda noite é a “noite do espírito  na qual a alma fica sem qualquer alegria acerca das realid

SANTUÁRIO DA ALMA

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“O Senhor, porém, está em seu santo templo; diante dele fique em silêncio toda terra” (Hc 2.20) O texto em referência acima pode ser compreendido de duas maneiras: uma literal e outra em forma de aplicação alegórica. A primeira diz respeito à historicidade de Israel enquanto povo da aliança com Javé. Quando da construção do templo e sua consagração por Salomão Deus havia prometido que ali habitaria. E de fato era o que acontecia, pois, a presença física de Deus, sua nuvem luminosa de glória manifestava-se no local mais restrito do templo, o Santo dos Santos, onde somente o sumo sacerdote uma vez por ano poderia entrar. Qualquer judeu devoto, para ter um encontro com Deus, teria que se encaminhar até o templo no horário certo, com a oferta e ou sacrifício certo, para ali oferece-lo em adoração. Desta forma, quando em Habacuque lemos essa declaração é exatamente isso que ela queria dizer: que Deus estava literalmente presente numa manifestação física visível e audível naquele lug

Carregar os fardos

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“ Deve-se admitir, portanto, que, se o evangelho da paz não é mais convincente quando anunciado por cristãos, isso bem pode ser por eles terem deixado de dar um exemplo vivo de paz, unidade e amor. Na verdade, temos que compreender que a Igreja nunca pretendeu ser absolutamente perfeita na terra, e que ela é Igreja de pecadores, carregada de imperfeições. A paz cristã e a caridade cristã estão baseadas nessa necessidade de ‘carregar os fardos uns dos outros’, de aceitar as fraquezas que infestam a nossa e a vida dos outros. Nossa unidade é uma luta contra a desunião, e a nossa paz subsiste no meio do conflito.” Peace in the Post-Christian Era , de Thomas Merton Editado por Patricia A. Burton. Apresentação de Jim Forest. ( Orbis Books , Maryknoll, New York), 2004. p. 129

A Perfeita Pobreza Interior por S. João da Cruz

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"Cuide de conservar o espírito de pobreza e desprezo de tudo; de outra forma, saiba V. Rev. que cairão em mil necessidades espirituais e temporais. Todas hão de contentar-se com Deus somente. Saibam que só haverão de provar e padecer as necessidades a que sujeitarem o coração: o pobre de espírito, vendo-se à míngua, está mais contente e alegre, porque pôs seu tudo em nada, em coisa alguma; e assim em tudo ele encontra largueza de coração. Feliz é esse nada, feliz esse esconderijo do coração: tem tanto poder que a tudo domina, sem nada querer sujeitar a si próprio e desfazendo-se de preocupações para poder arder em maior amor. As irmãs aproveitem-se dessas primícias de espírito que Deus concede nesse início, para retomar com muita renovação o caminho da perfeição em total humildade e desapego, interior e exterior, não com ânimo pueril, mas com vontade robusta. Sigam a mortificação e a penitência, querendo que Cristo lhes custe algo, e não sendo como os que buscam, em Deus, ou

A ação de Deus na alma quieta

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Um pouquinho que Deus opere na alma, neste santo ócio e soledade, é um bem inapreciável, por vezes muito maior do que a própria alma ou quem a dirige possam imaginar. E embora não se veja tanto na ocasião, a seu tempo manifestar-se-á. O mínimo que a alma então pode alcançar, é sentir um alheamento e estranheza em relação a tudo, algumas vezes com maior intensidade do que em outras; ao mesmo tempo sente inclinação para soledade, e tédio de todas as criaturas deste mundo, enquanto respira suavemente amor e vida no espírito. E, assim, tudo quanto não é este alheamento e estranheza causa-lhe dissabor; pois, como se costuma dizer, quando goza o espírito, a carne fica sem prazer.  São João da Cruz, Chama Viva do Amor

Impressão de Sta Teresa ao visitar a casinha de S. João da Cruz, em Durvelo.

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"Ao entrar na capela, fiquei admirada ao ver o espírito que o Senhor havia infundido ali. E não só eu, pois dois mercadores, meus amigos, que haviam vindo comigo de Medina, não faziam outra coisa senão chorar! Nunca me esqueço de uma pequena cruz de madeira sobre a pia de água benta: sobre essa cruz estava colada uma imagem de Cristo, feita de papel, que parecia suscitar mais devoção que se fosse feita de material muito bem trabalhado" Santa Teresa de Jesus, As Fundações.

Revelações de Deus Pai a Santa Catarina de Sena

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Acompanhe as experiências místicas de Santa Catarina de Sena, reveladas pelo Pai. São relatos sobre o Juízo Final, o sofrimento e o arrependimento do pecado, mas sobretudo sobre a Misericórdia Infinita de Nosso Deus. No Juízo Particular, no instante final, quando a pessoa compreende que não pode fugir das Minhas Mãos recupera a visão que a atormenta interiormente fazendo-a ver que por própria culpa chegou a tão triste situação.  Mas, se ultrapassar o momento da morte nas trevas, no remorso, sem esperança no Sangue, ou então, lamentando-se apenas pela infelicidade em que se acha - e não por ter Me ofendido - irá para a perdição.  Sobrevirá pois, a repreensão pela injustiça e falso julgamento.  Em primeiro lugar a repreensão da injustiça e do julgamento falso em geral, praticados no conjunto de suas ações, durante a vida; depois, em particular, do último instante quando o pecador considera seu pecado maior que a Minha misericórdia.  Este é o pecado que não será per