Resumo do livro Diálogo sobre a Divina Providência de Santa Catarina de Siena



“O Diálogo sobre a Divina Providência” é um livro muito querido ao coração da Catarina. Recomenda-o, vivamente, aos seus discípulos.

Podemos considerá-lo o seu testamento e a sua mais bela síntese teológica do amor de Deus com a humanidade.

Segundo a “Legenda Maior”, “O Diálogo sobre a Divina Providência” foi composto entre o mês de julho de 1377 e maio de 1378, portanto em menos de um ano. Alguns autores dizem que Catarina teria escrito este livro em cinco dias, mas isso não é comprovado. Boa parte de “Diálogo” foi ditado durante os êxtases de Catarina. Ela mesma havia dito a seus secretários que, logo que entrasse em êxtase, se preparassem para escrever o que ela o que ela iria dizendo.

Chama-se o “Diálogo sobre a Divina Providência” porque não é senão um longo e apaixonado diálogo entre Catarina e Deus. Ela própria relata o que ia acontecendo no seu íntimo durante os êxtases. “O Diálogo” foi traduzido para o latim, que era naquele tempo, a língua dos doutos. Foi o livro de maior sucesso. Já em 1472, encontramo-lo impresso e traduzido em varias línguas.

“O Dialogo sobre a Divina Providência”, é o caminho que a alma deve percorrer para chegar à intimidade com Deus-Trindade. Catarina fala com o profundo amor da encarnação, do sangue redentor do Cristo, da conversão da humanidade e do clero. E o livro mais importante para o conhecimento da mística e da espiritualidade de Santa Catarina. É o fruto da sua intimidade com Deus, na oração. Ela nos oferece, de maneira pedagógica, a sua experiência espiritual e sobrenatural da intimidade com Deus.

“O Diálogo sobre a Divina Providência” é considerado um clássico da espiritualidade.


Catarina era apenas uma irmã leiga da Ordem Terceira Dominicana. Mesmo analfabeta, talvez tenha sido a figura feminina mais impressionante do cristianismo do segundo milênio. Nasceu em 25 de março de 1347, em Sena, na Itália. Seus pais eram muito pobres e ela era uma dos vinte e cinco filhos do casal. Fica fácil imaginar a infância conturbada que Catarina teve. Além de não poder estudar, cresceu franzina, fraca e viveu sempre doente. Mas, mesmo que não fosse assim tão debilitada, certamente a sua missão apostólica a teria fragilizado. Carregava no corpo os estigmas da Paixão de Cristo. 

Desejando seguir o caminho da perfeição, aos sete anos de idade consagrou sua virgindade a Deus. Tinha visões durante as orações contemplativas e fazia rigorosas penitências, mesmo contra a oposição familiar. Aos quinze anos, Catarina ingressou na Ordem Terceira de São Domingos. Durante as orações contemplativas, envolvia-se em êxtase, de tal forma que só esse fato possibilitou que convertesse centenas de almas durante a juventude. Já adulta e atuante, começou por ditar cartas ao povo, orientando suas atitudes, convocando para a caridade, o entendimento e a paz. Foi então que enfrentou a primeira dificuldade que muitos achariam impossível de ser vencida: o cisma católico. 

Em meio a tudo isso, deixou obras literárias ditadas e editadas de alto valor histórico, místico e religioso, como o livro "Diálogo sobre a Divina Providência", lido, estudado e respeitado até hoje. Catarina de Sena morreu no dia 29 de abril de 1380, após sofrer um derrame aos trinta e três anos de idade. Sua cabeça está em Sena, onde se mantém sua casa, e seu corpo está em Roma, na Igreja de Santa Maria Sopra Minerva. Foi declarada "doutora da Igreja" pelo papa Paulo VI em 1970.

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