Bem-aventurada Francisca Trehet


Bem-aventurada Francisca Trehet

Filha de uma nobre família francesa, Francisca Tréhet professou seus votos religiosos na Congregação das irmãs da Caridade de Nossa Senhora d’Evron, uma congregação dedicada à educação das jovens e às obras de caridade. Por causa da cor cinza de seu hábito eram chamadas de “as pequenas irmãs cinzas”. Por volta do ano de 1783, Francisca foi enviada a Saint-Pierre-des-Landes para aí abrir uma escola paroquial. Logo pôde contar também com a ajuda de uma co-irmã, a religiosa Joana Véron. Além de se dedicarem ao ensinamento, davam uma válida assistência aos doentes. Apesar dos exemplos virtuosos das irmãs, seus nomes apareceram numa lista de condenados à morte por decapitação na guilhotina. A França vivia o período da Revolução francesa, que em alguns momentos conheceu o terror e a violência. As irmãs logo foram detidas pelo novo regime. No dia 13 de março Francisca foi chamada a comparecer diante de um tribunal chamado “Comissão clemente”; chegando diante s inquiridores, ela foi acusada de ter ajudado pessoas do partido monárquico. Em sua defesa, Francisca disse que tanto revolucionários, quanto monárquicos, eram seus irmãos em Cristo e a todos aqueles que lhe pediam ela concedia ajuda sem acepção. Apesar de sua alegação, o tribunal não se convenceu e pediu que ela gritasse: “Longa vida à república!”, mas a religiosa se negou a fazê-lo. Foi então condenada. Tinha apenas trina e sete anos e, naquele mesmo dia, subiu até o patíbulo cantando a Salve Rainha. Uma semana depois, sua coirmã Joana teve a mesma sorte: ambas foram guilhotinadas. Os restos mortais das duas mártires repousam na igreja de São Pedro des-Landes. Sua beatificação ocorreu no dia 19 de junho de 1955.

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