Inácio de Antioquia




I
nácio foi bispo de Antioquia da Síria entre 68 e 100 ou 107, discípulo do apóstolo João, também conheceu Paulo e foi sucessor de Pedro na igreja em Antioquia. Segundo Eusébio de Cesareia, Inácio foi o terceiro bispo de Antioquia da Síria e, segundo Orígenes, teria sido o segundo bispo da cidade.

Vida

Antioquia, à margem do Orontes, a capital da província romana da Síria, terceira cidade do Império depois de Roma e Alexandria, ocupa um importante lugar na história do Cristianismo. Foi ali que Paulo pregou o seu primeiro sermão cristão (numa sinagoga), e foi ali que os seguidores de Jesus foram chamados pela primeira vez de cristãos.
Foi preso por ordem do imperador Trajano (r. 98–117) e condenado a ser lançado aos leões no Coliseu em Roma. As autoridades romanas esperavam fazer dele um exemplo e, assim, desencorajar o cristianismo. Porém, sua viagem a Roma ofereceu-lhe a oportunidade de conhecer e ensinar os conceitos cristãos, e no seu percurso, Inácio escreveu seis cartas para as igrejas da região e uma para um colega bispo, Policarpo. Ao falar sobre sua execução, Inácio disse a famosa expressão:
“Trigo de Cristo, moído nos dentes das feras”.
E na iminência do martírio prometeu aos cristãos que mesmo depois da morte continuaria a orar por eles junto de Deus:
Meu espírito se sacrifica por vós, não somente agora, mas também quando eu chegar a Deus. Eu ainda estou exposto ao perigo, mas o Pai é fiel, em Jesus Cristo, para atender minha oração e a vossa. Que sejais encontrados nele sem reprovação"

Obras

Atribui-se sete obra a Inácio, conhecidas como Epístolas de Inácio, preservadas no Codex Hierosolymitanus.

Morte

No ano 106, Santo Inácio está em Roma, onde, no ano seguinte, foram lançados às feras seus dois companheiros, Zózimo e Rufo. Santo Inácio os seguiria dois dias mais tarde. Restaram poucas relíquias de seu corpo. Mas suas relíquias imortais são suas cartas, das quais fala o Pe. J. Huby: “Inácio, entregue às feras no tempo de Trajano, é o exemplar do pontífice entusiasta e o modelo de mártir. É a realização viva das palavras apostólicas: Já não sou eu que vivo, é Cristo que Vive em mim … Desejo ser desfeito e estar em Cristo. As suas insistências não comoveram menos a Igreja que as de São Paulo, e em certas frases, mil vezes citadas, parece estar concentrado todo o espírito dos mártires”.

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