"Fecundidade."


A imagem pode conter: 1 pessoa

Mater Christi...

Há, porém, alguma coisa de ainda maior a admirar em Maria: a fecundidade junta à virgindade. Nunca se ouvir dizer que alguma mulher fosse ao mesmo tempo mãe e virgem.


Mas se tu prestas atenção à de quem ela é mãe, até onde ira tua admiração por sua excelência extraordinária? Não é de constatar que tu não podes admirar suficientemente?

A teu julgamento, ou antes, ao julgamento da Verdade, aquela que teve Deus por filho não deverá ser “exaltada mais alto que todos os coros de anjos?“.

Deus, o Senhor dos anjos, não ousou Maria chamá-lo seu filho quando disse “Meu filho por que nos fizeste isso?”.

Qual dos anjos o teria ousado? Basta-lhes, e eles consideram como grande, sendo espíritos por natureza, servirem e serem chamados, por graça, de mensageiros, segundo o testemunho de Davi: “ele fez dos espíritos seus mensageiros”.

Maria, por seu lado, que sabe que é sua mãe, dá com confiança esse nome de filho à Majestade que os anjos servem com respeito. E deus não desdenha ser chamado daquilo que se dignou ser.

Um pouco além, com efeito, o evangelista ajunta: “E Ele lhes era submisso”. Quem, e a quem? Deus a homens. Sim, Deus a quem os anjos estão submetidos, a quem obedecem aos Principados e as Potestades, Deus era submisso a Maria.

E não apenas a Maria, mas também a José por causa de Maria. Admira uma e outra coisa, e escolhe a que é mais admirável: ou o dulcíssimo abaixamento do filho, ou a sobreeminente dignidade da mãe. Dos dois lados, é maravilhoso: que Deus obedeça a uma mulher, eis uma humildade sem exemplo; que uma mulher comande a Deus, eis uma sublimidade sem igual.

Canta-se, em honra das virgens, que elas “seguem o Cordeiro onde quer que Ele vá”. De que glória se julgará digna, então, aquela que caminha diante d'Ele?

- São Bernardo

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Profecias de Marie-Julie Jahenny (Mística da Santa Igreja Católica)

Sermão dos Cânticos dos Cânticos